Estrutura Energética do Homem, Karma e Regência dos Orixás
(Primeira parte)
O homem é o último elo de uma cadeia de
rebaixamento energético. Os chamados corpos sutis (ou veículos da consciência)
abrigam o espírito no meio dimensional necessário para que ele se manifeste na
busca de experiências destinadas à sua evolução.
Desde que somos criados pelo amor de nosso
Pai, somos deslocados por um movimento maior que nos conduz a vivências
múltiplas destinadas à nossa educação cósmica. Existe um grande contingente de
espíritos que habitam em volta da Terra, no chamado plano astral, onde vivem em
seus corpos astrais (perispíritos) aguardando na fila a oportunidade divina de
ocupar o vaso carnal para resgatar débitos acumulados em vidas passadas, o que
podemos denominar de "carma acumulado".
Pensemos que somos uma pilha que está
destinada a descarregar-se para esgotar a quantidade de energia que precisa ser
queimada no plano físico, mas a nossa semeadura livre, que impõe a colheita
obrigatória, acaba sendo um potente dínamo que não nos deixa descarregar o
carma acumulado. Isso ocorre em razão de nossa infantilidade perante as leis
universais, pois, ao invés de gerarmos saldo positivo na balança de nossas
ações (darma), geramos dívidas (carma negativo) para com nossos semelhantes,
obrigando-nos a saldar débitos por meio de tantas reencarnações quantas forem necessárias ao aprendizado
definitivo. O tempo é como um pai bondoso e a eternidade uma mãe amorosa
que nunca se cansa de nos esperar, os sofrimentos do nosso caminho são,
portanto, consequências exclusivamente de nossas próprias ações.
Os orixás, ou melhor, as energias e forças da
natureza que estão presentes em todas as dimensões do Universo, tal como se
fosse o próprio hálito divino, formam impressões nos corpos espirituais desde o
momento em que somos criados.
Nesse instante, os orixás vibram em nosso
nascituro espírito e demarcam para o eterno devir suas potencialidades em nós,
como um carimbo que bate com força numa folha em branco. No exato
momento em que tomamos contato com a primeira dimensão expressa na forma, se
impregna em nossa matriz espiritual indestrutível (a mônada) um orixá que mais
nos marcará, conhecido no meio esotérico como orixá ancestral. Cada um tem essa
marca de nascença espiritual, como uma digital cósmica, e somente os espíritos
celestiais responsáveis pelos planejamentos cármicos têm acesso a essa
"radiografia" do eu espiritual mais primário de cada um, se é que
podemos nos fazer entender, dado a ausência de nomenclaturas equivalentes em
nosso vocabulário terreno para melhor descrever a criação de espíritos e a
gênese divina. Não vamos nos aprofundar nos aspectos mais abstratos da regência
dos orixás, os quais envolvem os processos divinos de criação de espíritos,
pois ainda não estamos preparados para entendê-los. Limitando-nos ao contexto
de nossa proposta editorial Umbanda Pé no
Chão, podemos dizer que os orixás demarcam em nossa contextura energética
fortes impressões no momento da concepção (união do gameta masculino com o
feminino) e durante toda a gestação, uma vez que estamos num meio aquático de
grande propensão ao magnetismo.
O termo nascituro
espírito encontra sua origem no latim nascituru, que
significa "aquele que há de nascer". Atualmente, nascituro é o nome que se dá ao ser humano já concebido e que se encontra, ainda, no ventre materno.
Devir
é
um conceito filosófico que qualifica mudança constante e um contínuo de algo ou alguém. Surgiu Em
Heráclito um filósofo, e depois em seus seguidores. Pode-se dizer que devir
também significa uma força da natureza, que estabelece uma mudança, e esta
mudança pode ser descoberta, para prever as consequências da minha ação / Reação
causa e efeito.
Fonte: Livro = Umbanda
Pé no Chão, Um guia de estudos orientado pelo espírito Ramatís, por Norberto
Peixoto; 1ª Edição - 2008 Pela
Editora do Conhecimento
Elaborado por Benedito Fernando dos Santos - agosto
2012
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