segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Estudo Mediunico - Aula 13 - Estrutura Energética do Homem, Karma e Regência dos Orixás (Primeira parte)


Estrutura Energética do Homem, Karma e Regência dos Orixás (Primeira parte)

O homem é o último elo de uma cadeia de rebaixamento energético. Os chamados corpos sutis (ou veículos da consciência) abrigam o espírito no meio dimensional necessário para que ele se manifeste na busca de experiências destinadas à sua evolução.

Desde que somos criados pelo amor de nosso Pai, somos deslocados por um movimento maior que nos conduz a vivências múltiplas destinadas à nossa educação cósmica. Existe um grande contingente de espíritos que habitam em volta da Terra, no chamado plano astral, onde vivem em seus corpos astrais (perispíritos) aguardando na fila a oportunidade divina de ocupar o vaso carnal para resgatar débitos acumulados em vidas passadas, o que podemos denominar de "carma acumulado".

Pensemos que somos uma pilha que está destinada a descarregar-se para esgotar a quantidade de energia que precisa ser queimada no plano físico, mas a nossa semeadura livre, que impõe a colheita obrigatória, acaba sendo um potente dínamo que não nos deixa descarregar o carma acumulado. Isso ocorre em razão de nossa infantilidade perante as leis universais, pois, ao invés de gerarmos saldo positivo na balança de nossas ações (darma), geramos dívidas (carma negativo) para com nossos semelhantes, obrigando-nos a saldar débitos por meio de tantas reencarnações quantas forem necessárias ao aprendizado definitivo. O tempo é como um pai bondoso e a eternidade uma mãe amorosa que nunca se cansa de nos esperar, os sofrimentos do nosso caminho são, portanto, consequências exclusivamente de nossas próprias ações.

Os orixás, ou melhor, as energias e forças da natureza que estão presentes em todas as dimensões do Universo, tal como se fosse o próprio hálito divino, formam impressões nos corpos espirituais desde o momento em que somos criados.

Nesse instante, os orixás vibram em nosso nascituro espírito e demarcam para o eterno devir suas potencialidades em nós, como um carimbo que bate com força numa folha em branco. No exato momento em que tomamos contato com a primeira dimensão expressa na forma, se impregna em nossa matriz espiritual indestrutível (a mônada) um orixá que mais nos marcará, conhecido no meio esotérico como orixá ancestral. Cada um tem essa marca de nascença espiritual, como uma digital cósmica, e somente os espíritos celestiais responsáveis pelos planejamentos cármicos têm acesso a essa "radiografia" do eu espiritual mais primário de cada um, se é que podemos nos fazer entender, dado a ausência de nomenclaturas equivalentes em nosso vocabulário terreno para melhor descrever a criação de espíritos e a gênese divina. Não vamos nos aprofundar nos aspectos mais abstratos da regência dos orixás, os quais envolvem os processos divinos de criação de espíritos, pois ainda não estamos preparados para entendê-los. Limitando-nos ao contexto de nossa proposta editorial Umbanda Pé no Chão, podemos dizer que os orixás demarcam em nossa contextura energética fortes impressões no momento da concepção (união do gameta masculino com o feminino) e durante toda a gestação, uma vez que estamos num meio aquático de grande propensão ao magnetismo.

O termo nascituro espírito encontra sua origem no latim nascituru, que significa "aquele que há de nascer". Atualmente, nascituro é o nome que se dá ao ser humano já concebido e que se encontra, ainda, no ventre materno.

Devir é um conceito filosófico que qualifica mudança constante e um contínuo de algo ou alguém. Surgiu Em Heráclito um filósofo, e depois em seus seguidores. Pode-se dizer que devir também significa uma força da natureza, que estabelece uma mudança, e esta mudança pode ser descoberta, para prever as consequências da minha ação / Reação causa e efeito.


Fonte: Livro = Umbanda Pé no Chão, Um guia de estudos orientado pelo espírito Ramatís, por Norberto Peixoto; 1ª Edição - 2008        Pela Editora do Conhecimento

Elaborado por Benedito Fernando dos Santos  -  agosto 2012

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