Guias (fio de contas) na Umbanda
Vamos começar pelas guias de entidades
que, exotericamente não passam de colares coloridos e enfeitados de uso das
entidades incorporantes – alguns pensam serem enfeites que essas entidades
usavam quando encarnadas.
Conhecidas também como “Cordão de Santo”,
“Colar de Santo” ou “Guias”, são ritualisticamente preparadas, ou seja,
imantadas, de acordo com a tônica vibracional de quem as irá utilizar (médium e
entidade), e conforme o objetivo a que se destinam.
São compostas de certo número de elementos
(contas de cristal ou louça, búzios, Lágrimas de Nossa Senhora, dentes, palha
da costa, etc.), distribuídos em um fio (de Aço, Náilon ou fibra vegetal),
obedecendo a uma numerologia e uma cromologia adequada; ou ainda, de acordo com
as determinações de uma entidade em particular.
Mas, para que servem realmente essas
guias?
Enquanto em forma de colares, sem a
preparação devida, realmente não passam disso - enfeites. Após no entanto, passarem pelo ritual de preparação de
acordo com as informações passadas pelas entidades que delas vão fazer uso,
nelas são fixadas determinadas energias, ou pequena parte de egrégoras que,
PELA LEI DAS AFINIDADES, têm como objetivo principal atrair para elas e para quem
as está usando, MAIS ENERGIAS DE MESMO TEOR (lembre-se de que os semelhantes se
atraem). Dessa forma, se o caboclo Tal, de uma determinada falange, consagra
sua guia em acordo com as energias de sua falange, crê-se que ela estará
atraindo as energias dessa falange durante seu uso.
Essa
é a explicação básica do “pra que
serve”. Mas o mais importante, que a maioria não sabe e/ou finge não saber,
é exatamente o modo de preparação dessas guias porque, JAMAIS PODERÃO SER PREPARADAS SEM QUE O MÉDIUM QUE VAI USA-LA ESTEJA
PRESENTE.
Na verdade, a
energia que é assentada (viu só? ASSENTADA) na guia terá que ser,
obrigatoriamente uma energia criada a partir de uma mistura entre:
a) A energia
da entidade e/ou de sua falange;
b) A energia
das ervas e elementos em que a guia será “deitada”;
c) A energia
do médium que vai usá-la quando incorporado.
Quaisquer
outros tipos de energias, seja de outras ervas além das estritamente indicadas
ou de pessoas fora do contexto indicado acima, entrarão como interferência e
poderão criar outros tipos de VÍNCULOS.
O ritual de
preparação é exatamente aquele que vai, além de assentar a energia padrão da
guia, CRIAR OS VÍNCULOS entre a entidade (e sua falange), a guia propriamente
dita e o médium. Isso é tão importante que, como vemos em alguns grupos mais
informados, as guias individuais só podem ser tocadas por aquele que as usam
ou por ordem da Entidade ou do Médium.
Isso evita, é
claro, interferências de energias de outras pessoas. É assim que agem no lugar em que você vai?
Então está certo. Caso contrário ... cuide-se você!
As guias após terem sido preparadas Têm
poder de elevar o mental do Médium. Se utilizadas durante um trabalho
espiritual, tem função de servir como ponto de atração e identificação da
vibração principal e/ou falange em particular, atuante naquele trabalho,
servindo assim como elemento facilitador da sintonia para o médium incorporado.
Elas nos auxiliam em nossas incorporações,
pois estas atraem a “energia” particular de cada entidade, captando e emitindo
bons fluidos, formando assim, um círculo de vibrações benéficas ao redor do
médium que as usa.
Servem como pára-raios. Se há uma carga
grande, ao invés desta carga chegar diretamente no médium, ela é descarregada
nas guias, e se estas não agüentarem, rebentam.
Podem ser utilizadas pelo médium, para
“puxar” uma determinada vibração, de forma a lhe proporcionar alivio em seus
momentos de aflição.
Importante: Isso
varia de cada terreiro, mas toda entidade que passará a usar sua guia como
ferramenta de trabalho, proteção do Médium e fortalecimento da egregora que
sustenta o terreiro, jamais poderá apenas pedir ao Médium que as faça e assim
que incorpora-lo colocará em volta do pescoço desse Médium e trabalhar na gira,
antes tem que pedir ao dirigente espiritual, ao Pai no Santo chefe da casa ou
ao responsável pelos trabalhos caso o Pai no Santo não esteja presente, após o
responsável ter dado permissão, então o Medium poderá confeccionar a guia
pedida pela entidade que trabalha com ele, apenas assim poderá ser usada nos
dias de trabalho ou quando o médium sentir que precisará dela e deverá ser
cuidada como uma grande ferramenta de trabalho.
Fonte: Livro Umbanda sem Medo vol.II – Autor – Claúdio
Zeus
Elaborado por
Benedito Fernando dos Santos - julho 2012
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