Um
momento de Reflexão - VOCÊ É UMBANDISTA?
Uma das questões de
relevância dentro da comunidade umbandista diz respeito a se apontar, dentro de
um raciocínio aplicável, a consciência do ser humano, se determinadas pessoas
podem ser consideradas, de fato e de direito, como filhos da Corrente Astral de
Umbanda.
Não queremos de forma
alguma aplicar fórmulas matemáticas aos aspectos humanos, pois entendemos que
cada um, dentro de seu estágio evolucional, tem uma maneira própria de se
situar naquilo que conhece como religião, uma vez que os espíritos encarnados
encontram-se em diferentes degraus da escala espírito progressiva.
No entanto, é certo e
racional que firmemos parâmetros básicos que possam nortear uma definição, se
não perfeita, pelo menos razoável, no que diz respeito a ser ou não ser
considerado umbandista. Tais considerações acima referidas prendem-se ao fato
de que, ao vivenciarmos o Movimento Umbandista, nos deparamos com situações
(atos e fatos) que nos impulsionam a repelir determinadas formas de pensamento
e comportamento, incompatíveis com os fundamentos da Umbanda.
Será umbandista
aquele indivíduo que faz caridade vinculada a favores posteriores ou aquele que
se promove para um lugar de destaque.
Será que pode ser
considerado umbandista aquele que é cúmplice da escravidão religiosa, não
esclarecendo aos enclausurados que só o conhecimento os libertará dos vendilhões
(indivíduo que mercadeja publicamente coisas de ordem moral) do templo?
Será que é
considerado umbandista o indivíduo que se omite diante do comportamento
distorcido de um irmão de fé, não o auxiliando a desprender-se de certos conceitos
prejudiciais a sua evolução?
Será que é umbandista
aquele que, ao observar um irmão de fé com faculdades espirituais, morais,
intelectuais e culturais que possam ser úteis para o progresso da Umbanda, ao
invés de incentivá-lo a prosseguir, trata sorrateiramente de lhe "puxar o
tapete", com medo que sua imagem fique ofuscada, ou por inveja?
Será que é umbandista
aquele que valoriza as pessoas pelos títulos profissionais ou honoríficos e
pelos bens que estas possuem, deixando em segundo plano os valores morais,
éticos e espirituais?
Será que é
considerado umbandista o indivíduo que ganha notoriedade num templo através de
conchavos ou que tenta a todo o custo ser o centro das atenções.
Será que tudo o que
foi escrito até agora servirá de alerta e conselho, para que se regenerem e
possam engrossar as fileiras dos verdadeiros filhos de Umbanda?
Esperamos que sim.
"Se a sua
Estrela não brilha, não tente apagar o brilho da minha"
Assim sendo todo
Centro se constituirá em uma constelação, e as várias constelações o Universo.
Momento
de transformação
A reforma do mundo é
pessoal e íntima, não um cataclismo que irá pulverizar o planeta. A
pulverização é interna, dos nossos vícios, de nossas tendências mais daninhas.
Isso é feito no silêncio de cada alma, na intimidade do ser. A modificação do
mundo só depende de nós.
O melhor que cada um
de nós tem a fazer é refletir sobre os acontecimentos e sobre nós mesmos,
tentando identificar nossas dificuldades para levá-las pelo caminho da
transformação.
Precisamos estar
preparados para o grande momento da reforma, que é pessoal, íntima, e não um
cataclismo que irá pulverizar o planeta. A pulverização é interna, dos nossos
vícios, de nossas tendências mais daninhas. Isso é feito no silêncio de cada
alma, na intimidade do ser. É assim que o mundo irá se transformar: quando nós
transformarmos a nós mesmos.
Para aqueles mais
empedernidos (insensível), apegados às ilusões do mundo, resta apenas a
conformação com o futuro, com um renascimento primitivo, penoso em mundos
inferiores, para que, através do trabalho árduo, consigam valorizar o que
deixaram para trás. Ainda há tempo de evitar essa sorte. Temos que tentar:
deixar de mentir, de enganar, de trapacear, de procurar levar vantagem em tudo,
de dar tanto valor ao dinheiro, em detrimento da dignidade e da justiça.
Cada um de nós tem em
seu interior sementes que podem e devem ser germinadas. Sentimentos nobres são
naturais. Deixar brotar o amor, a amizade, o respeito são caminhos certos para
a nossa libertação. Temos que nos preocupar conosco. Nada de ficar ligados no
outro, procurando justificar nossas falhas com a atitude dele. Cada um é senhor
da sua vontade e, consequentemente, dos fatos daí resultantes.
Muitos não creem em
nada disso. Quando fizemos alguma coisa que fere nossos princípios morais, temos
que tentar nos modificar. Ninguém pode alegar ignorância quando tem
conhecimento, logo, não pode dizer que errou porque não sabia.
Aos que acreditam,
fica a certeza de que nada está perdido e que o principal em tudo isso é nos concentrarmos
em nós mesmos. No somatório das individualidades modificadas é que reside o cerne
(âmago - essência, coração) da transformação do mundo.
Basta escolhermos de
que lado queremos estar.
Uma
pequenina oração feita com base no “Pai Nosso”.
Pai
das criaturas, Senhor do Universo.
Teu
nome seja amor em nossos corações.
Teu
reino se faça hoje em nossas vidas.
Tua
vontade prevaleça, fortalecendo a nossa.
Em
todos os mundos que venhamos a habitar.
O
pão de nosso corpo é a luz da tua luz.
O
perdão das ofensas tua dádiva de paz.
Abre
nossos olhos para as verdades do espírito.
Permite
que nos distanciemos das ilusões do mundo.
Para
que as energias do bem se derramem sobre nós.
Na
vida física e na espiritual.
Porque
o bem há de ser o presente e o futuro.
De
toda a humanidade.
Que UMBANDISTA você é?
O UMBANDISTA
VERDADEIRO,
não deixa de ser umbandista quando as luzes do terreiro se apagam. Ele continua
vivenciando sua religião mesmo fora do templo sagrado. Pois sabe que é aqui
fora que se deve por em prática todos os ensinamentos dados pelos guias na
sessão.
O que diz ser
UMBANDISTA,
além de reclamar da duração do trabalho, pois é cansativo ficar em pé algumas
horas a cada semana, ou a cada quinze dias, deixa de ser umbandista com o
término dos trabalhos. Não vê a hora de ir embora e voltar para sua rotina
habitual. Cultiva
vícios, más palavras, más atitudes e intrigas. Não tem noção de que a
espiritualidade já está agindo e que seu comportamento prejudica seriamente seu
desenvolvimento
O UMBANDISTA
VERDADEIRO realmente acredita
naquilo que professa. Sabe que a espiritualidade está em todos os lugares e age
com fé e amor, pois tem a certeza que os espíritos estão ali e irão, de alguma
forma, auxiliá-lo. Não se desespera com as provações, com os contratempos, com
as peripécias da vida, pois sabe que é nos momentos difíceis que realmente
somos lapidados.
E você meu irmão de
fé? Em qual grupo de Umbandista está?
Se você está no grupo
dos Umbandistas Verdadeiros, parabéns, continue buscando o aperfeiçoamento de sua
fé e cumprindo sua missão.
Mas, se você está no
grupo dos que dizem serem Umbandistas, é sinal que algo em sua vida está
errado. Ainda é tempo de mudar! Aproveite essa oportunidade, pois o Reino de
Oxalá é grandioso e iluminado, mas temos que merecer estar lá. Todos podem lá
chegar, desde que façam sua “reforma íntima”, mudando a maneira de agir e de
pensar, confiando mais naquilo que professa, cultivando as coisas positivas,
buscando a elevação e entendendo que a Umbanda é a oportunidade que Deus nos deu
para corrigir nossos defeitos, livrar-nos de nossos vícios e alcançar o
progresso espiritual.
Ainda há tempo!
Avante filhos de fé!
As
energias
Vejam que as energias, por
exemplo, podem ser usadas para o bem ou para o mal, a depender da ignorância e
estado inferior de evolução de quem as manipulam.
O mundo moderno nos oferece meios
de comunicação, como o telefone e, mais moderno ainda e mais usada, a internet.
Hoje é comum o tagarelar por meio do Facebook, MSN, Skipe, celulares, etc,
instrumentos que podem e deveriam serem usados para o crescimento, evolução,
irradiação de boas energias, mas que, infelizmente, nas mãos de espíritos
encarnados imaturos, são utilizados, como se faz com as energias, para o mal.
Quantas “fofocas”, comentários
espúrios (falsos) contra pessoas ou instituições, captação de energias pesadas
e causadoras de tristeza e dor são realizadas por indivíduos descomprometidos
com o verdadeiro bem, e de vidas vazias, verdadeiros infelizes na caminhada,
que não resolvem seus problemas pessoais ou com essas pessoas ou instituições e
preferem, covardemente, “fofocarem”, tornando-se instrumentos teleguiados das
sombras para tentar destruir pessoas sérias e voltadas ao trabalho da
disciplina, da ordem, da doutrina e do bem, ou instituições que buscam realizar
a vivência religiosa preceituada pelos Espíritos Superiores em nome do Cristo.
Ouçamos São Paulo, vamos usar a
nossa língua para somar, sempre, não nos deixando conduzir pela baixa
espiritualidade, tornando-nos instrumentos que diminuem ou dividem pessoas ou
grupos institucionais religiosos.
Alerta! Diz Jesus no Evangelho:
“...quem não está comigo, está contra mim, e quem não semeia comigo, espalha!”
Assim estaremos juntando sempre,
e nunca espalhando como fazem e buscam os desavisados, em conjunção com a meta
dos espíritos ainda ignorantes que habitam as sombras.
Egrégora
Se você é médium frequentador de
algum Terreiro, já deve ter pelo menos ouvido alguém dizer: “Olha a corrente, gente! Vamos concentrar”!
Você sabe realmente o que isso
quer dizer?
O que é essa tal de “corrente”?
Será uma corrente de ferro ou de fibras que se forma no invisível? Será uma
corrente que vai prender os Espíritos?
Na verdade, quando um dirigente chama
a atenção para a “corrente” é porque ele sentiu uma queda ou diminuição na
energia ambiental (egrégora) que deve ser mantida pelos médiuns em um potencial
elevado, de forma a manter os trabalhos em nível adequado, até mesmo por uma
questão de auto preservação.
Essa questão da “corrente” ou
egrégora é tão importante que vamos nos aprofundar um pouco mais no assunto
para que você possa perceber, se orientar e orientar a outros.
Egrégora
provém do grego “egrégoroi” e designa a força gerada pelo somatório de energias
físicas, emocionais e mentais de duas ou mais pessoas, quando se reúnem com
qualquer finalidade. É o envolvimento, clima envolvente, estado de Espírito
resultante de fatores externos e internos.
Quando
um grupo de pessoas se reúne em meditação e oração com um objetivo comum, pela
união do amor e da vontade é criada uma forma pensamento. Essa forma pensamento
coletiva é formada pela vontade dos encarnados e desencarnados, movidas pela
intenção.
Baseada
na Grande Lei de que cada pensamento/sentimento, cada intenção, quando aliada
ao desejo sincero transmite uma força dinâmica separada do ser que a forma e a
envia, formamos um grupo de meditação e oração para podermos juntos emitir
pensamentos saudáveis de amor e paz, conduzidos no plano astral pelos Anjos,
Orixás, Guias Espirituais, Santos, etc., canalizados para um bem comum.
A
força de uma egregóra é ampliada, e segundo a intenção e dinamização do grupo
formador, se torna poderosa”.
Dessa egrégora, como já disse,
são retiradas as energias para a realização dos trabalhos, o que vale dizer que
se essa energia não for forte o suficiente, o mínimo que pode acontecer é
acontecer nada. Por outro lado, se a corrente ou egrégora das “Giras” não for
suficiente, várias complicações podem acontecer.
Veja abaixo alguns tipos de
complicações que podem ocorrer:
- Médiuns
não conectados positivamente com suas entidades de guarda o que pode provocar
de imediato incorporações insatisfatórias, e insegurança – animismo.
-
Perturbações
por intromissão de entidades do Baixo Astral que encontram entrada fácil nesses
casos.
- Problemas
com médiuns e/ou assistência com relação até mesmo à integridade física, pois
não é raro em sessões dessa natureza, haverem manifestações turbulentas de
entidades descontroladas e médiuns idem.
- Cansaço
físico de médiuns ao final dos trabalhos pela perda energética sofrida. O
normal é que quando se encerram os trabalhos, todos os médiuns se sintam em
perfeitas condições físicas e, não se tratando de trabalhos de descarga e
desobsessão, é normal até que saiam sentindo-se melhor do que quando chegaram,
justamente porque conseguiram atrair uma grande quantidade de energia positiva
da quais todos poderão desfrutar.
Complicações que podem ocorrer
com a continuidade dos problemas:
- ·
Enfraquecimento
crescente dos contatos entidade/médium.
- ·
Corpo
mediúnico cada vez mais inseguro.
- ·
Dificuldades
crescentes para a realização de trabalhos.
- ·
Problemas
começam a surgir na vida material de todos.
- ·
Discórdias
entre o grupo começam a gerar desentendimentos maiores.
- ·
Formam-se
grupos dentro do grupo dividindo a energia ao invés de somá-la.
- ·
Doenças e
dificuldades começam a aparecer.
- ·
Como os
contatos espírito/médium já não são tão positivos, torna-se difícil ou
impossível a solução de problemas que antes eram nada (aí, não raramente
começam a se consultar em outros lugares).
Resumindo:
Todos serão altamente prejudicados por seus próprios atos e desunião.
Ainda sobre a egrégora de
Terreiros de Umbanda, é preciso que se explique que ela, além de ser formada e
nutrida com a energia gerada em cada reunião, também é favorecida pela firmeza.
Observe o seguinte:
- ·
Energia
positiva atrai energia positiva (o oposto também vale).
- ·
Pensamentos
(que geram energia) positivos atraem energias e fatos positivos (ou negativos).
- ·
Medo,
insegurança e discórdias quebram a rotina da criação e da ação de energias
positivas.
- ·
Fé
(certeza, convicção) provoca sempre a criação de energia e, quanto maior for
maior será a ação dessa energia.
- ·
Egrégoras
são energias que podem ser geradas e fortalecidas a cada dia. Se elas serão
positivas ou negativas, dependerá de quem as criará.
- ·
Egrégoras
(se positivas) são de utilidade total em qualquer reunião para trabalhos
mediúnicos. Quanto mais fortes, maior o auxílio que podem prestar.
- ·
Egrégoras
formam-se até mesmo em sua casa, seu ambiente de trabalho, etc. Só que nesses
casos, como não costuma haver um direcionamento das energias que a formarão (a
não ser em poucos casos) elas correm o risco de serem negativas.
- ·
Grupos
desunidos estarão sempre a um passo da derrota em função de não conseguirem
gerar o ambiente propício para a presença de verdadeiros Espíritos Guias.
A disciplina e a união em torno
de objetivos comuns são partes sólidas da base que construirá o verdadeiro
Templo – aquele onde comparecerão sempre os verdadeiros Amigos Espirituais.
E vale lembrar, também é muito
importante um médium consciente de suas obrigações e que dedique seu tempo aos
estudos, quanto mais rica é a cabeça do médium, maior sua serventia para o
trabalho dos guias de luz.
Referência
Bibliográfica
SARACENI, Rubens. Umbanda Sagrada: Religião, ciência, magia e
mistérios.São Paulo: Madras, 2006.