segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Reunião Estudo 061012 - Um momento de Reflexão - VOCÊ É UMBANDISTA?

Um momento de Reflexão - VOCÊ É UMBANDISTA?

Uma das questões de relevância dentro da comunidade umbandista diz respeito a se apontar, dentro de um raciocínio aplicável, a consciência do ser humano, se determinadas pessoas podem ser consideradas, de fato e de direito, como filhos da Corrente Astral de Umbanda.

Não queremos de forma alguma aplicar fórmulas matemáticas aos aspectos humanos, pois entendemos que cada um, dentro de seu estágio evolucional, tem uma maneira própria de se situar naquilo que conhece como religião, uma vez que os espíritos encarnados encontram-se em diferentes degraus da escala espírito progressiva.

No entanto, é certo e racional que firmemos parâmetros básicos que possam nortear uma definição, se não perfeita, pelo menos razoável, no que diz respeito a ser ou não ser considerado umbandista. Tais considerações acima referidas prendem-se ao fato de que, ao vivenciarmos o Movimento Umbandista, nos deparamos com situações (atos e fatos) que nos impulsionam a repelir determinadas formas de pensamento e comportamento, incompatíveis com os fundamentos da Umbanda.

Será umbandista aquele indivíduo que faz caridade vinculada a favores posteriores ou aquele que se promove para um lugar de destaque.

Será que pode ser considerado umbandista aquele que é cúmplice da escravidão religiosa, não esclarecendo aos enclausurados que só o conhecimento os libertará dos vendilhões (indivíduo que mercadeja publicamente coisas de ordem moral) do templo?

Será que é considerado umbandista o indivíduo que se omite diante do comportamento distorcido de um irmão de fé, não o auxiliando a desprender-se de certos conceitos prejudiciais a sua evolução?

Será que é umbandista aquele que, ao observar um irmão de fé com faculdades espirituais, morais, intelectuais e culturais que possam ser úteis para o progresso da Umbanda, ao invés de incentivá-lo a prosseguir, trata sorrateiramente de lhe "puxar o tapete", com medo que sua imagem fique ofuscada, ou por inveja?

Será que é umbandista aquele que valoriza as pessoas pelos títulos profissionais ou honoríficos e pelos bens que estas possuem, deixando em segundo plano os valores morais, éticos e espirituais?

Será que é considerado umbandista o indivíduo que ganha notoriedade num templo através de conchavos ou que tenta a todo o custo ser o centro das atenções.

Será que tudo o que foi escrito até agora servirá de alerta e conselho, para que se regenerem e possam engrossar as fileiras dos verdadeiros filhos de Umbanda?

Esperamos que sim.

"Se a sua Estrela não brilha, não tente apagar o brilho da minha"

Assim sendo todo Centro se constituirá em uma constelação, e as várias constelações o Universo.

Momento de transformação

A reforma do mundo é pessoal e íntima, não um cataclismo que irá pulverizar o planeta. A pulverização é interna, dos nossos vícios, de nossas tendências mais daninhas. Isso é feito no silêncio de cada alma, na intimidade do ser. A modificação do mundo só depende de nós.

O melhor que cada um de nós tem a fazer é refletir sobre os acontecimentos e sobre nós mesmos, tentando identificar nossas dificuldades para levá-las pelo caminho da transformação.
Precisamos estar preparados para o grande momento da reforma, que é pessoal, íntima, e não um cataclismo que irá pulverizar o planeta. A pulverização é interna, dos nossos vícios, de nossas tendências mais daninhas. Isso é feito no silêncio de cada alma, na intimidade do ser. É assim que o mundo irá se transformar: quando nós transformarmos a nós mesmos.

Para aqueles mais empedernidos (insensível), apegados às ilusões do mundo, resta apenas a conformação com o futuro, com um renascimento primitivo, penoso em mundos inferiores, para que, através do trabalho árduo, consigam valorizar o que deixaram para trás. Ainda há tempo de evitar essa sorte. Temos que tentar: deixar de mentir, de enganar, de trapacear, de procurar levar vantagem em tudo, de dar tanto valor ao dinheiro, em detrimento da dignidade e da justiça.

Cada um de nós tem em seu interior sementes que podem e devem ser germinadas. Sentimentos nobres são naturais. Deixar brotar o amor, a amizade, o respeito são caminhos certos para a nossa libertação. Temos que nos preocupar conosco. Nada de ficar ligados no outro, procurando justificar nossas falhas com a atitude dele. Cada um é senhor da sua vontade e, consequentemente, dos fatos daí resultantes.

Muitos não creem em nada disso. Quando fizemos alguma coisa que fere nossos princípios morais, temos que tentar nos modificar. Ninguém pode alegar ignorância quando tem conhecimento, logo, não pode dizer que errou porque não sabia.

Aos que acreditam, fica a certeza de que nada está perdido e que o principal em tudo isso é nos concentrarmos em nós mesmos. No somatório das individualidades modificadas é que reside o cerne (âmago - essência, coração) da transformação do mundo.

Basta escolhermos de que lado queremos estar.

Uma pequenina oração feita com base no “Pai Nosso”.

Pai das criaturas, Senhor do Universo.
Teu nome seja amor em nossos corações.
Teu reino se faça hoje em nossas vidas.
Tua vontade prevaleça, fortalecendo a nossa.
Em todos os mundos que venhamos a habitar.
O pão de nosso corpo é a luz da tua luz.
O perdão das ofensas tua dádiva de paz.
Abre nossos olhos para as verdades do espírito.
Permite que nos distanciemos das ilusões do mundo.
Para que as energias do bem se derramem sobre nós.
Na vida física e na espiritual.
Porque o bem há de ser o presente e o futuro.
De toda a humanidade.

Que UMBANDISTA você é?

O UMBANDISTA VERDADEIRO, não deixa de ser umbandista quando as luzes do terreiro se apagam. Ele continua vivenciando sua religião mesmo fora do templo sagrado. Pois sabe que é aqui fora que se deve por em prática todos os ensinamentos dados pelos guias na sessão.

O que diz ser UMBANDISTA, além de reclamar da duração do trabalho, pois é cansativo ficar em pé algumas horas a cada semana, ou a cada quinze dias, deixa de ser umbandista com o término dos trabalhos. Não vê a hora de ir embora e voltar para sua rotina habitual. Cultiva vícios, más palavras, más atitudes e intrigas. Não tem noção de que a espiritualidade já está agindo e que seu comportamento prejudica seriamente seu desenvolvimento

O UMBANDISTA VERDADEIRO realmente acredita naquilo que professa. Sabe que a espiritualidade está em todos os lugares e age com fé e amor, pois tem a certeza que os espíritos estão ali e irão, de alguma forma, auxiliá-lo. Não se desespera com as provações, com os contratempos, com as peripécias da vida, pois sabe que é nos momentos difíceis que realmente somos lapidados.

E você meu irmão de fé? Em qual grupo de Umbandista está?

Se você está no grupo dos Umbandistas Verdadeiros, parabéns, continue buscando o aperfeiçoamento de sua fé e cumprindo sua missão.

Mas, se você está no grupo dos que dizem serem Umbandistas, é sinal que algo em sua vida está errado. Ainda é tempo de mudar! Aproveite essa oportunidade, pois o Reino de Oxalá é grandioso e iluminado, mas temos que merecer estar lá. Todos podem lá chegar, desde que façam sua “reforma íntima”, mudando a maneira de agir e de pensar, confiando mais naquilo que professa, cultivando as coisas positivas, buscando a elevação e entendendo que a Umbanda é a oportunidade que Deus nos deu para corrigir nossos defeitos, livrar-nos de nossos vícios e alcançar o progresso espiritual.

Ainda há tempo! Avante filhos de fé!

As energias

Vejam que as energias, por exemplo, podem ser usadas para o bem ou para o mal, a depender da ignorância e estado inferior de evolução de quem as manipulam.

O mundo moderno nos oferece meios de comunicação, como o telefone e, mais moderno ainda e mais usada, a internet. Hoje é comum o tagarelar por meio do Facebook, MSN, Skipe, celulares, etc, instrumentos que podem e deveriam serem usados para o crescimento, evolução, irradiação de boas energias, mas que, infelizmente, nas mãos de espíritos encarnados imaturos, são utilizados, como se faz com as energias, para o mal.

Quantas “fofocas”, comentários espúrios (falsos) contra pessoas ou instituições, captação de energias pesadas e causadoras de tristeza e dor são realizadas por indivíduos descomprometidos com o verdadeiro bem, e de vidas vazias, verdadeiros infelizes na caminhada, que não resolvem seus problemas pessoais ou com essas pessoas ou instituições e preferem, covardemente, “fofocarem”, tornando-se instrumentos teleguiados das sombras para tentar destruir pessoas sérias e voltadas ao trabalho da disciplina, da ordem, da doutrina e do bem, ou instituições que buscam realizar a vivência religiosa preceituada pelos Espíritos Superiores em nome do Cristo.

Ouçamos São Paulo, vamos usar a nossa língua para somar, sempre, não nos deixando conduzir pela baixa espiritualidade, tornando-nos instrumentos que diminuem ou dividem pessoas ou grupos institucionais religiosos.

Alerta! Diz Jesus no Evangelho: “...quem não está comigo, está contra mim, e quem não semeia comigo, espalha!”

Assim estaremos juntando sempre, e nunca espalhando como fazem e buscam os desavisados, em conjunção com a meta dos espíritos ainda ignorantes que habitam as sombras.

Egrégora

Se você é médium frequentador de algum Terreiro, já deve ter pelo menos ouvido alguém dizer: “Olha a corrente, gente! Vamos concentrar”!

Você sabe realmente o que isso quer dizer?

O que é essa tal de “corrente”? Será uma corrente de ferro ou de fibras que se forma no invisível? Será uma corrente que vai prender os Espíritos?

Na verdade, quando um dirigente chama a atenção para a “corrente” é porque ele sentiu uma queda ou diminuição na energia ambiental (egrégora) que deve ser mantida pelos médiuns em um potencial elevado, de forma a manter os trabalhos em nível adequado, até mesmo por uma questão de auto preservação.
Essa questão da “corrente” ou egrégora é tão importante que vamos nos aprofundar um pouco mais no assunto para que você possa perceber, se orientar e orientar a outros.

Egrégora provém do grego “egrégoroi” e designa a força gerada pelo somatório de energias físicas, emocionais e mentais de duas ou mais pessoas, quando se reúnem com qualquer finalidade. É o envolvimento, clima envolvente, estado de Espírito resultante de fatores externos e internos.

Quando um grupo de pessoas se reúne em meditação e oração com um objetivo comum, pela união do amor e da vontade é criada uma forma pensamento. Essa forma pensamento coletiva é formada pela vontade dos encarnados e desencarnados, movidas pela intenção.

Baseada na Grande Lei de que cada pensamento/sentimento, cada intenção, quando aliada ao desejo sincero transmite uma força dinâmica separada do ser que a forma e a envia, formamos um grupo de meditação e oração para podermos juntos emitir pensamentos saudáveis de amor e paz, conduzidos no plano astral pelos Anjos, Orixás, Guias Espirituais, Santos, etc., canalizados para um bem comum.

A força de uma egregóra é ampliada, e segundo a intenção e dinamização do grupo formador, se torna poderosa”.

Dessa egrégora, como já disse, são retiradas as energias para a realização dos trabalhos, o que vale dizer que se essa energia não for forte o suficiente, o mínimo que pode acontecer é acontecer nada. Por outro lado, se a corrente ou egrégora das “Giras” não for suficiente, várias complicações podem acontecer.

Veja abaixo alguns tipos de complicações que podem ocorrer:

  •  Médiuns não conectados positivamente com suas entidades de guarda o que pode provocar de imediato incorporações insatisfatórias, e insegurança – animismo.
  •   Perturbações por intromissão de entidades do Baixo Astral que encontram entrada fácil nesses casos.
  •  Problemas com médiuns e/ou assistência com relação até mesmo à integridade física, pois não é raro em sessões dessa natureza, haverem manifestações turbulentas de entidades descontroladas e médiuns idem.
  • Cansaço físico de médiuns ao final dos trabalhos pela perda energética sofrida. O normal é que quando se encerram os trabalhos, todos os médiuns se sintam em perfeitas condições físicas e, não se tratando de trabalhos de descarga e desobsessão, é normal até que saiam sentindo-se melhor do que quando chegaram, justamente porque conseguiram atrair uma grande quantidade de energia positiva da quais todos poderão desfrutar.

Complicações que podem ocorrer com a continuidade dos problemas:

  • ·         Enfraquecimento crescente dos contatos entidade/médium.
  • ·         Corpo mediúnico cada vez mais inseguro.
  • ·         Dificuldades crescentes para a realização de trabalhos.
  • ·         Problemas começam a surgir na vida material de todos.
  • ·         Discórdias entre o grupo começam a gerar desentendimentos maiores.
  • ·         Formam-se grupos dentro do grupo dividindo a energia ao invés de somá-la.
  • ·         Doenças e dificuldades começam a aparecer.
  • ·         Como os contatos espírito/médium já não são tão positivos, torna-se difícil ou impossível a solução de problemas que antes eram nada (aí, não raramente começam a se consultar em outros lugares).

Resumindo: Todos serão altamente prejudicados por seus próprios atos e desunião.

Ainda sobre a egrégora de Terreiros de Umbanda, é preciso que se explique que ela, além de ser formada e nutrida com a energia gerada em cada reunião, também é favorecida pela firmeza. Observe o seguinte:

  • ·         Energia positiva atrai energia positiva (o oposto também vale).
  • ·         Pensamentos (que geram energia) positivos atraem energias e fatos positivos (ou negativos).
  • ·         Medo, insegurança e discórdias quebram a rotina da criação e da ação de energias positivas.
  • ·         Fé (certeza, convicção) provoca sempre a criação de energia e, quanto maior for maior será a ação dessa energia.
  • ·         Egrégoras são energias que podem ser geradas e fortalecidas a cada dia. Se elas serão positivas ou negativas, dependerá de quem as criará.
  • ·         Egrégoras (se positivas) são de utilidade total em qualquer reunião para trabalhos mediúnicos. Quanto mais fortes, maior o auxílio que podem prestar.
  • ·         Egrégoras formam-se até mesmo em sua casa, seu ambiente de trabalho, etc. Só que nesses casos, como não costuma haver um direcionamento das energias que a formarão (a não ser em poucos casos) elas correm o risco de serem negativas.
  • ·         Grupos desunidos estarão sempre a um passo da derrota em função de não conseguirem gerar o ambiente propício para a presença de verdadeiros Espíritos Guias.

A disciplina e a união em torno de objetivos comuns são partes sólidas da base que construirá o verdadeiro Templo – aquele onde comparecerão sempre os verdadeiros Amigos Espirituais.

E vale lembrar, também é muito importante um médium consciente de suas obrigações e que dedique seu tempo aos estudos, quanto mais rica é a cabeça do médium, maior sua serventia para o trabalho dos guias de luz.

Referência Bibliográfica

SARACENI, Rubens. Umbanda Sagrada: Religião, ciência, magia e mistérios.São Paulo: Madras, 2006.

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